domingo, 29 de novembro de 2015

Uma humanidade mais humana?

Já me deparei com tanta fatalidade, já me decepcionei tanto que a esperança se tornou escassa... Somente não a perco, pois aprendi a conduzir a vida por meio dela. Tantos egoísmos, tantas disputas de interesses, tanta banalidade, tanta corrupção ― desde as ditas “aceitáveis” até as quais, finalmente, despertam revolta entre os “espectadores” ―, tanta mediocridade, inveja, perversidade, indiferença, imprudência, inconsequência, frieza... Desumanidade... Caos... Eu! Tudo deteriorado pela inclemente ação do egocentrismo. E muitos ainda declamam a democracia e nos convencem da mais atroz mentira já defendida: “convivemos numa sociedade justa”. A fábula podia parar logo no “conviver”. Esse verbo existe mesmo em nossa realidade?


Sim! Acredito numa humanidade cuja essência seja de fato humana; apenas estamos bem longe de alcançá-la... Contudo, isso não significa que seja inatingível. Entre implacáveis corrosões, algumas expressividades e esforços nos dão certeza de que não constitui apenas um sonho.