segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Sexualidade e Castidade

1. Ao longo do tempo, tenho observado que o amor é a centralidade das nossas ações. Deus é amor e, por Sua própria vontade, convida-nos a amar a todo instante.

2. Sexualidade entendo por "motor psíquico" que conduz todas as nossas relações: amizade, matrimônio, sacerdócio, professor-aluno... É um termo complexo em Psicologia e ainda mais impalatável a alunos cristãos ― como eu, cristão cético e teimoso aluno.

Quando conduzimos nossa sexualidade apenas pela moral (“obediência”), isso gera problemas. Quando a conduzimos apenas pelos impulsos (“desejos carnais”), isso também gera problemas. Logo, entre a moral e os impulsos, nós (seres de alma e corpo) devemos pôr o AMOR como condutor de nossa sexualidade e das nossas ações.

Exemplo: não devo cultivar castidade apenas por obediência (ou por questões morais) tampouco me render aos impulsos carnais. É por amor que devo caminhar! Por amor a Deus, por amor a mim mesmo e por amor ao próximo que devo ser casto.

Fico com o pé atrás de quem tem muita moral e pouco amor. Já fui alguém que compulsivamente “moralizava” tudo. Com o tempo, percebi que “o amor é o pleno cumprimento da Lei” (Romanos 13, 8-14. Bíblia Sagrada). Vejo muitos padres, pastores e teólogos que tem o discurso carregado de palavras moralmente impecáveis e pessoalmente insensíveis. E pregar a verdade sem amor também é pecado. É aí que notamos alguns raros missionários que conseguem sensibilizar suas palavras com maior proximidade aos fiéis.

Se bem percebermos, Cristo pregava a Boa Nova fitando os olhos de seus ouvintes. O que isso quer dizer? Que Cristo era sensível e falava de perto. Posso estar muito enganado, mas sinto que muitos padres e pastores falam de Cristo com enorme distância. Moralmente impecável, pessoalmente distante.


Portanto, ver a sexualidade pela ótica da moral é observá-la de longe. Ver a sexualidade pela ótica carnal é rebaixá-la. Sinceramente tenho poucas respostas e pouquíssimas certezas sobre a sexualidade, porém intuo que deve ser analisada na vivência, mais de perto, com amor.


Recomendação de leitura:
Os padres e a sexualidade na visão de um Psicoterapeuta
http://www.vidapastoral.com.br/artigos/ministerio-presbiteral/os-padres-e-a-sexualidade-na-visao-de-um-psicoterapeuta/

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